Na mesma reunião, as 96 famílias presentes aguardavam que a Fundação lhes fornecesse uma resposta ao seu pedido de realojamento, mas para admiração das mesmas, apenas lhes foi facultada a possibilidade de preencherem mais declarações.
De acordo com testemunhos de pessoas presentes na reunião, muitos assinaram uma declaração na qual, escreviam que pretendiam ter uma casa arrendada e que não pretendiam comprar a habitação.
Algumas pessoas com um nível de instrução mais baixo, deixaram uma folha A4 em branco com a sua assinatura para que a Fundação D. Pedro IV pudesse escrever nas mesmas.
Com esta iniciativa em convocar 96 famílias, a Fundação tentou assim reunir apoios de pessoas carenciadas contra os moradores dos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras, tentando fazer acreditar que se encontrava preocupada com a resolução das solicitações das famílias presentes na reunião.
Assim, as 96 famílias foram enganadas pela Fundação D. Pedro IV, uma vez que as expectativas de realojamento geradas às mesmas famílias acabaram por se traduzir numa acção que serve sobretudo a vontade da Fundação D. Pedro IV em não vender as casas.
A reunião da Fundação constitui-se como tal, numa iniciativa enganadora da mesma, em resposta a uma possível retirada do património habitacional de Chelas, por parte da Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades.