"Actualmente as instituições recebem em função do número de utentes que têm, independentemente da situação real de cada utente, e o princípio que nós acordámos foi o de caminhar para a diferenciação, em que o Estado possa apoiar mais quem mais precisa e menos quem menos precisa", pagando às instituições segundo os rendimentos de cada utente, explicou o ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva.
O protocolo foi assinado entre o governante, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, padre Victor Melícias, a presidente da União das Mutualidades Portuguesas, Maria de Belém Roseira, e o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, padre Lino Maia.
"O que foi assinado aqui foi um acordo de princípios, que deverão ser concretizados até ao final deste ano" e que "não se afasta muito da criação de escalões para que as famílias que têm mais fragilidades económicas e sociais possam ter um apoio mais forte", disse Vieira da Silva, sublinhando que "o modelo concreto em que se realizará essa diferenciação irá ainda ser discutido e negociado com as instituições, que têm também, neste processo, uma responsabilidade muito grande".
Em 2005 a cooperação entre o Estado e as mais de três mil instituições de solidariedade social abrangeu cerca de 512 mil utentes, no valor de mil milhões de euros. A alteração agora assumida por todos os intervenientes na área permitirá "reorientar o esforço financeiro", rematou Vieira da Silva.